Terça, 07 de Outubro de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que o Brasil vai cobrar da Organização das Nações Unidas (ONU) a criação de um Estado palestino. A afirmação foi feita durante coletiva de imprensa, após a participação do Brasil na Assembleia Geral da ONU em Nova York.
Lula reiterou sua crítica à atuação de Israel na Faixa de Gaza, classificando-a como um genocídio contra o povo palestino. "Eu penso que o mundo inteiro já está tomado da percepção de que você não tem uma guerra em Gaza, você tem um genocídio de um exército fortemente preparado contra um povo indefeso, sobretudo mulheres e crianças", afirmou.
O presidente destacou o apoio de mais de 150 países à criação de um Estado palestino e enfatizou a necessidade de a ONU implementar essa decisão. "Da parte do Brasil, vamos cobrar a ONU para ela executar a decisão que foi tomada ontem", disse.
A criação de um Estado palestino foi um tema central na Assembleia Geral. Enquanto Lula e outros líderes defenderam a soberania palestina, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou-se contrariamente. Paralelamente, países como França, Canadá, Reino Unido, Austrália e Portugal anunciaram o reconhecimento formal do Estado da Palestina.
Lula criticou a inação do Conselho de Segurança da ONU, argumentando que a mesma organização que criou o Estado de Israel deveria ter a mesma força para criar o Estado palestino. "Esse genocídio só está acontecendo porque quem pode parar não tomou a atitude de parar. O Conselho de Segurança da ONU poderia ter tomado uma atitude mais forte", declarou.
Durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Lula defendeu o reconhecimento da Palestina como Estado, alertou para o risco de desaparecimento do povo palestino e condenou os ataques do Hamas.
"Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo. Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza. Ali, sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes. Ali também estão sepultados o direito internacional humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente."