Segunda, 15 de Setembro de 2025
A criação de um mercado de carbono para incentivar as empresas a substituírem suas fontes de energia “sujas”, baseada em combustíveis fósseis, para fontes “limpas” ou renováveis, não é capaz de promover a transição energética na velocidade necessária para impedir a catástrofe climática, de acordo com o professor do Instituto de Economia da Unicamp Pedro Paulo Zahluth Bastos.
O alerta foi feito em publicação recente na Phenomenal World, revista de economia política editada em Nova York. O economista argumenta que o mercado de carbono não é capaz de incentivar a transição energética sem um robusto planejamento estatal para substituição dos combustíveis fósseis. A solução “aprovada em Baku não resolverá esse problema”, lamenta o especialista.
Os defensores do mercado de carbono argumentam que, ao aumentar o custo da emissão de gases do efeito estufa, seja por meio da tributação governamental ou de associações voluntárias, as empresas tenderiam a alterar suas fontes de energia para outras renováveis, acelerando assim a transição energética.
Para o pesquisador, outra solução para reduzir o aquecimento do planeta é compensar a emissão de gases do efeito estufa por meio do aumento da conservação e regeneração de florestas. No entanto, o professor Pedro Paulo Zahluth sustenta que essa solução é inviável devido às limitações de terra disponível.