Deputado Sóstenes Cavalcante afirma legalidade do dinheiro encontrado em casa

Parlamentar alega que valor de 400 mil reais provém da venda de imóvel e nega envolvimento em esquemas de corrupção

19/12/2025 às 18:30
Por: Redação

O deputado Sóstenes Cavalcante, representante do PL do Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados, afirmou nesta sexta-feira, dia 19, que não cometeu nenhuma irregularidade em relação aos supostos desvios de verbas de gabinete. Ele alegou que os 400 mil reais em dinheiro encontrados em sua casa são oriundos da venda de um imóvel.

 

Durante uma entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara, Cavalcante negou envolvimento em qualquer ato ilícito e desmentiu as suspeitas da Polícia Federal sobre contratos de aluguel de carros para seu gabinete. Segundo ele, "não há qualquer ligação com lavagem de dinheiro".

 

Explicações sobre origem do dinheiro

O deputado argumentou que a procedência legítima do dinheiro encontrado em um saco plástico dentro de um armário em sua casa será comprovada por sua equipe de advogados. Segundo ele, toda a movimentação dos valores está devidamente registrada.


"Ninguém pega dinheiro ilícito e coloca dentro de casa", defendeu-se Sóstenes, justificando o tempo que os valores ficaram sem ser depositados devido à sua intensa rotina de trabalho.


A respeito do imóvel vendido, o deputado preferiu não revelar sua localização, argumentando questões de privacidade. Sobre os veículos alugados, assegurou que sempre utilizou os carros e que isso impede qualquer alegação de uso ilegítimo de recursos.

 

Detalhes da operação policial

A Operação Galho Fraco, deflagrada na sexta-feira, teve por foco averiguar desvios no uso da cota parlamentar para aluguéis de veículos. A Polícia Federal executou ao menos sete mandados de busca e apreensão pessoais, veiculares e em imóveis. A autorização partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino.


A investigação identificou 28,6 milhões de reais em transações suspensas envolvendo pessoas vinculadas a Sóstenes, incluindo antigos e atuais assessores e familiares, segundo relatório parcial da Polícia.


Questionado sobre a locadora contratada, que não parece operar no endereço informado nos contratos, Sóstenes disse desconhecer os detalhes das contratações, mas revelou exigir sempre o menor preço possível de sua equipe. Ele considera a investigação uma tentativa de perseguição política contra quem está na oposição e é conservador, sugerindo que o objetivo é desviar o foco de questões ligadas à esquerda, especialmente com a aproximação das eleições de 2026.

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